Porque a vida que não nos mata, obriga-nos a amar

11-10-2015 17:14

A lágrima que não desce

Pinta a alma de preto com sombras de felicidade,

Mas é o sorriso que não floresce

Que mancha a alma com o fulgor polar da saudade

 

Às sombras de felicidade, tento apanhá-las nos dígitos que teimam em sair

E, insignificantemente, arrasto as palavras, como meros traços.

Mas é ao fulgor polar da saudade a quem abro os braços,

E aperto com veemência, até a força se me esvair.

 

Aos dígitos, junto-os, rasgando-os, mordendo-os, sufocando-os,

Para que o passado ganhe forma e no coração não hajam mais aguaceiros

E à vida, perco-a, acariciando-a, beijando-a, amando-a,

E o presente perde-se, quando o passado se torna demasiado pesado.

 

E, no fim do dia, o firmamento volta a adormecer

Lembrando-nos que tudo tem um fim

Mas é ao bocejar da alvorada que o firmamento nos surge, a correr,

Lembrando-nos que temos mais uma oportunidade, assim,

 

As sentenças, por nós escritas, tornam-se estrelas, fazendo-nos inspirar,

E é ante o desfiladeiro afunilado da vida que voltamos a querer viver

E é ante a sombra que nos persegue que rasgámos o egoísmo,

Porque a vida que não nos mata, obriga-nos a amar.

Tópico: Porque a vida que não nos mata, obriga-nos a amar

<3

Data: 12-10-2015 | De: Cristina

Este poema é lindíssimo. Que a inspiração nunca te falte e que a vida sempre te sorria.

Com amizade,
C.

Re:<3

Data: 13-10-2015 | De: Elizabete Leonora

Obrigado pelo elogio. É gratificante escutá-lo. :D

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